terça-feira, 12 de agosto de 2008

Curso: A Arte de Contar Histórias




“A arte de contar histórias”

O ser humano sempre adorou contar histórias. O hábito de contar história é milenar tendo origem antes mesmo da escrita a qual eram passadas de geração para geração através da fala onde cada um dava seu toque pessoal.Você que aprecia contar histórias poderá participar do curso “A arte de contar histórias”

Público alvo:
Profissionais de Educação: Professores, Coordenadores, Orientadores, Diretores, Contadores de histórias, bibliotecários, atores e pessoas interessadas no tema.

Metodologia:

É um curso com abordagens teóricas que destacará a importância de se narrar histórias aflorando o contador que existe em você.

Será um curso totalmente a distância que utilizará a plataforma Moodle sendo que o acesso às aulas ficará disponível 24 horas por dia permitindo que você faça o seu próprio horário de estudo.

A cada semana será disponibilizado o material de estudo e as mediações do Tutor e interações com o grupo serão feitas por meio de fórum de discussão.

Todo o material será disponibilizado no ambiente de estudo.

Os alunos serão avaliados por sua participação nos fóruns e pela participação dos trabalhos solicitados.

Módulos:

Serão trabalhados dois módulos com início no dia 18 de agosto de 2008 e finalizando no dia 05 de outubro de 2008.

O curso se dará no espaço EADVirtual. http://pos.eadvirtual.com.br/ Tutora do curso: Cybele Meyer

Investimento:

Preço a vista: R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais)

Em duas vezes: R$ 180,00 (cento e oitenta reais) sendo duas parcelas de R$ 90,00 (noventa reais).
Maiores informações pelo e-mail cybelemeyer@yahoo.com.br

Certificado:

Terá direito ao certificado o aluno que cumprir todas as atividades propostas pelo curso e obtiver média igual ou superior a 7,0. O certificado será enviado por documento registrado – pelos correios – em até 30 dias após o término do curso. Os dados que constarão no certificado serão aqueles que o aluno cadastrar no formulário de inscrição.

O curso tem carga horária de 90 h/a

Maiores informações através do e-mail cybelemeyer@yahoo.com.br

VAGAS LIMITADAS.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

PRECISAMOS MUDAR A ÓTICA DO PROFESSOR



Lemos que há planejamento de que até 2010 as escolas públicas brasileiras terão acesso à internet. Também sabemos que professores de todo o país estão sendo capacitados para aprender a mexer com os novos equipamentos laptops, lousa digital, etc.

Depois que tudo estiver funcionando perfeitamente, como serão as aulas?

O professor irá pesquisar o conteúdo na web e disponibilizar para os alunos lerem e depois fará perguntas sobre o assunto nas provas?

Será que o modelo atual de ensino será mantido no qual o professor adota uma postura verticalizada e os alunos continuam com atitude passiva de consumidores de material didático?

Justamente esta ótica é que tem que ser mudada.

O professor que passa a utilizar a web como fonte de aprendizagem deve ter uma atitude horizontalizada no qual respeita e incentiva a produção e autonomia do aluno, a interação entre aluno/professor, professor/aluno e aluno/aluno, deixando cair por terra a massificação quebrando o mito de que todos devem aprender a mesma coisa, no mesmo ritmo e no mesmo processo.

A melhor oportunidade para que ocorra esta mudança está justamente na capacitação do professor para o uso da tecnologia como instrumento de aprendizagem, onde este atua como aluno.

Se ele iniciar este aprendizado como protagonista de suas produções, sem aulas expositivas com manuais, acabará mudando sua maneira de atuar em sala de aula e passará a incentivar o aluno a também produzir, e com isso se libertará da metodologia arcaica, arquivando de vez a reprodução de conteúdos.

Podaríamos o mal pela raiz, afinal uma nova forma de aprendizagem está sendo propiciada com a introdução da web na sala de aula.

O que não podemos permitir que aconteça, e por esta razão não podemos ficar de braços cruzados, é que o professor transponha conteúdos estáticos para o formato digital substituindo o livro didático pela tela do monitor.

O momento de romper com esta prática sem qualquer didática, que na verdade nunca funcionou, é agora.

Se perdermos esta oportunidade, a educação continuará a precipitar-se para o abismo da ignorância.

Tanto professor quanto aluno tem que ser protagonista da sua aprendizagem.

TECNOLOGIA E METODOLOGIA

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Diversidade, sociedade e educação

Olá amigos,

Este artigo me foi enviado pela Pedagoga Zulma para ser compartilhado com vocês.

Ele aborda temas importantes. Vale a pena ler e comentar.





Diversidade, sociedade e educação


Zulma Maria Firmes Peixoto
Salvador-BA


Estimular e compreender a diversidade presente em nossa sociedade é um grande desafio que se faz presente, principalmente na educação. Nesse contexto, nós educadores, temos a tarefa de mostrar no ambiente escolar as contribuições positivas que os alunos com necessidades especiais podem trazer, envolvendo toda a comunidade escolar e estimulando o debate para a construção de uma escola realmente para todos.

Ao se questionar a educação e a sua aplicabilidade, o papel do docente face às transformações sociais e principalmente, a real necessidade da consciência do educador na sua ação docente, propõe-se a estabelecer mudanças significativas no que diz respeito a conceitos pré-estabelecidos sobre a deficiência que, durante muito tempo, esteve atrelada à simbologia de indivíduos incapazes e sem representação social – tendo seu poder de decisão transferido a outros.

Redefinir um modelo social para a plena aceitação a absorção dos diferentes tipos de deficiência se faz urgente. Muitos grupos considerados minoritários já se engajam para promover essa transformação, que se dará principalmente por intermédio da escola e com a participação do professor e da sociedade. Temos um espaço público real e outro projetado, em implantação, que pode se tornar real, mas para isso, ainda temos longo caminho a percorrer. Para tanto, é necessária a ampliação do debate e a conscientização dos órgãos públicos no sentido de transformar o projeto em reais políticas públicas de inclusão.

Muito freqüentemente, as diferenças entre as pessoas são vistas como um problema. Em relação aos ajustes educacionais, são dificuldades que necessitam ser trabalhadas, melhoradas ou as pessoas envolvidas precisam estar “prontas” (homogeneizados) para se encaixarem em uma determinada situação social. Como podemos transformar, deliberadamente, as diferenças de classes sociais, gêneros, idades, habilidades, raças e interesses distintos em recursos positivos para serem usados na educação?.

As diferenças oferecem uma grande oportunidade para o aprendizado, oferecendo recursos livres, abundantes e renováveis. A diversidade, em suas múltiplas formas, é celebrada em instituições de ensino com características inclusivas. As oportunidades de se capitalizar os benefícios da diversidade não devem somente ser focalizadas nos alunos. As diferenças encontradas dentro das equipes de funcionários da escola, no tocante aos seus vários “berços” (as suas origens), características e experiências, devem ser incentivadas, procuradas, evidenciadas e avaliadas. Esses recursos, inerentes à diversidade humana, não devem ser negligenciados.

Essa negligência neste caso pode ser um grande inconveniente, pois vai acabar impactando negativamente no trabalho das pessoas engajadas em promover valores e oportunidades para todos. Para o trabalho ser bem sucedido, as diferenças devem ser reconhecidas como um recurso positivo, pois somente assim estaríamos requerendo a mudança dos paradigmas que ainda estão longe dessa percepção.

Vale lembrar que as percepções que as pessoas constroem de si e dos outros resultam, em grande parte, de um complexo histórico, onde a cultura imprime as suas marcas em cada indivíduo, ditando normas e fixando ideais, de forma que a nossa singularidade acaba por revelar a história acumulada de uma sociedade.

Essas percepções interferem na expectativa que os educadores formam a respeito de alunos com deficiências e podem introjetar-se nos próprios alunos, obstaculizando sua aprendizagem e participação tanto no contexto escolar, como também na sociedade onde está inserido.

É preciso que se promova a ruptura do processo de reprodução das estruturas excludentes que nos cercam e, de certa forma, nos sufocam de preconceitos cristalizados. Para reconhecer e assumir a diversidade há de se redimensionar o olhar, desalojando o instituído. Olhar a diferença no sentido de perceber que ela rotula, marca, discrimina, é tão importante quanto olhar para além da diferença, não permitindo que ela se coloque como poderosa força de exclusão.

Que possamos fazer parte do grupo de pessoas preocupadas em combater a lógica da cultura do preconceito, que desejam a ruptura dos processos de reprodução ideológica, a desconstrução das verdades instituídas e o desafio de lutar por uma sociedade e uma escola melhor para todos.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Os avós e a educação dos netos

Em postagem feita no Educar Já! do dia 05/06/2008 sobre o Dia da Avó comemorado no dia 26 de julho disponibilizo atividades e lembrancinhas para homenagear a figura deliciosa da avó. Este artigo vem complementar as postagens e mostrar a freqüência com que os netos são criados pelas avós em razão dos tempos modernos em que as mães trabalham fora.

Boa leitura!


Os avós e a educação dos netos
Pesquisa comprova o que todo mundo já sabia: crescer ao lado dos avós é gostoso e faz bem para a criança

Ficar na casa dos avós geralmente é sinônimo de diversão. É comer pipoca e bolo de chocolate, brincar de luta no tapete da sala, ter a comida preferida na hora da refeição e ouvir muitas histórias. Mas não é apenas nas brincadeiras e na fuga da rotina que o papel deles é desempenhado; os avós podem ser conselheiros, educadores e um conforto em momentos difíceis.

A importância deles no desenvolvimento das crianças foi atestada em uma nova pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Gretanha, com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto cresceram mais felizes. Principalmente nos dias de hoje, quando os pais têm uma rotina atribulada, a proximidade é ainda mais benéfica - e necessária.

De acordo com o estudo, quase um terço das avós maternas tomam conta dos netos regularmente na Grã-Bretanha. Em entrevista a BBC Brasil, Eirini Flouri, do Instituto de Educação de Londres, disse que, em épocas de separação dos pais, muitos avós desempenham um papel importante ao trazer conforto aos netos e estabilidade a toda a família. A pesquisa também levantou que os avós foram muito importantes no momento de superar dificuldades como a implicância de colegas da escola e no planejamento do futuro, como a escolha da faculdade.

Conversamos com as avós e especialistas Teresa Bonumá, terapeuta de casais, e Edimara Lima, psicopedagoga da Prima Escola Montessori, em São Paulo. Veja o que elas disseram sobre o tema.

Como os avós contribuem na educação dos netos?

Teresa: Os avós têm uma função de continuidade na educação das crianças, que começa com os pais. Eles podem e devem mimar os netos, brincar, levar para passear, dar conselhos, ter pequenos segredos, mas sempre respeitando a disciplina e os costumes impostos pelo pai e pela mãe.

Edimara: Um papel muito importante está na formação da identidade. São os avós que carregam essa herança e, ao repassá-la, ajudam na construção das raízes, o que é muito importante para o desenvolvimento da criança. A minha filha adorava quando eu contava para ela algumas histórias da família, e hoje em dia, eu faço isso com o meu neto.


Até onde vai a interferência dos avós?

Teresa: Mesmo que não concordem, os avós precisam agir de acordo com os princípios dos pais. Se eles não querem que o filho coma chocolate ou tome refrigerante, os avós não podem fazer isso quando o neto está na casa dele. As crianças precisam de regras, que devem ser impostas pelos pais e seguidas pelos avós.

Edimara: Além disso, os avós também não devem criticar os pais em frente ao neto.

Quando os avós vivem na mesma casa que os netos, o que muda nessa relação?

Teresa: Nesse caso, os avós precisam entender que, apesar de participarem da educação da criança, o papel deles está em segundo plano. Eles não podem interferir quando o pai está dando uma bronca no filho. Apesar de não ser fácil, é preciso estabelecer um limite entre autoridade dos pais e dos avós para que a própria criança não confunda os papéis. O segredo está em muita conversa.

Edimara: A situação é mais delicada. Mas, como estão todos na mesma casa, é preciso que as regras sejam únicas e respeitadas por todos.
Simone Tinti
Fonte: Revista Crescer

quarta-feira, 4 de junho de 2008

100 anos da Imigração japonesa no Brasil

Todo o nosso carinho e admiração a este povo que ajudou a construir o nosso Brasill.


IMIGRAÇÃO EM SÃO PAULO

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Você é Fruto das suas Escolhas

Este vídeo encerrou a maravilhosa semana do III CONGRESSO DE EAD DOS PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA



Foi uma semana maravilhosa onde estivemos em contato com pessoa brilhantes, muita troca de informações, muitas amizades e muita tristeza na despedida.

terça-feira, 27 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

JARDIM DE INFÂNCIA



Pedro Bial

...Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi lá:
1. Compartilhe tudo.
2. Jogue dentro das regras.
3. Não bata nos outros.
4. Coloque as coisas de volta onde pegou.
5. Arrume sua bagunça.
6. Não pegue as coisas dos outros.
7. Peça desculpas quando machucar alguém.
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar.
9. Dê descarga.
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você.
11. Respeite o outro.
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco...desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias.
13. Tire uma soneca a tarde;
14. Quando sair, cuidado com os carros.
15. Dê a mão e fique junto.
16. Repare nas maravilhas da vida.
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também .

...Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e ai verá como ele é verdadeiro claro e firme.

...Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. ...Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.

...Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos .

" É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Tautologia

Você sabe o que é TAUTOLOGIA?

A tautologia (do grego ταὐτολογία) é , na retórica, um termo ou texto redundante, que repete a mesma idéia. Como um vício de linguagem pode ser considerada um sinônimo de pleonasmo ou redundância. A origem do termo vem de do grego tautó, que significa "o mesmo", mais logos, que significa "assunto". Portanto, tautologia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes.

Vou compartilhar um vídeo excelente que fala somente sobre TAUTOLOGIA.

É muito bom e e criativo.


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pangea Day

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM DO PANGEA DAY

Extraído do site Itú.com.br



“O primeiro passo na direção da paz mundial é conhecer o outro.” (Jehane Noujaim, cineasta e criadora do Pangea Day)

O Pangea Day foi criado pela egípcia Jehane Noujaim, que aposta na idéia de conectar as pessoas por meio da produção audiovisual. O mega evento conectará pessoas de 180 países durante 4 horas de transmissão ao vivo via TV, Internet e celular. Saiba mais!



Brasil

O Pangea Day no Brasil será apresentado em grande estilo no Morro da Urca, Rio de Janeiro. Gilberto Gil será o anfitrião do evento, que será transmitido pelo canal Multishow, com apresentação de Bruno de Lucca. O público terá acesso gratuito ao evento e ao bondinho do Morro da Urca.

Com o objetivo de conectar o público ao conceito do evento, haverá uma prévia do Pangea Day, no mesmo dia e local, apresentada por Fabio Judice que vai receber o músico Marcelo Yuka, a diretora Paola Leblanc, o diretor Guti Fraga e o cineasta Walter Carvalho. Haverá também uma performance musical da cantora Manu Santos e do grupo Guerreiros de Jorge, integrantes da ONG “Nós do Morro”, que também produziu três curtas-metragens a serem exibidos neste momento.

Além do mega evento aberto ao público no Rio de Janeiro, diversas cidades de todos os estados brasileiros estarão participando, através de mobilizações individuais ou coletivas, como esta que o itu.com.br está promovendo.

Mundo

Além do Brasil, o evento será realizado, simultaneamente, em Los Angeles (EUA), Londres (Inglaterra), Cairo (Egito), Tel Aviv (Israel), Kigali (Ruanda) e Mumbai (Índia). Ao todo, serão 180 países que receberão a transmissão via TV, Internet e celular.

O programa inclui 24 filmes e palestrantes ilustres como Goldie Hawn, Cameron Diaz, Bob Geldolf, Dave Stewart, Will.i.am (Black Eye Peas), Christiane Amampour, chefe dos correspondentes da CNN, e a rainha Noor, da Jordânia.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Educação e a Humanidade

Temos consciência do que deve ser feito
porém
poucas vezes agimos como deveríamos


terça-feira, 29 de abril de 2008

II Encontro de Laptops na Educação



Dia 25 de abril de 2008, sexta-feira aconteceu na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro o II encontro de Laptop na Educação e eu estava lá para conferir de perto os resultados obtidos pelas escolas pilotos no TO, SP, RS, DF e RJ.

Maximiliana B.F.dos Santos da Rede de Educação Adventista - Santa Catarina
Maria Isabel Guimarães do Instituto Ayrton Senna
Cybele Meyer do Educar Já!


Este encontro organizado pela professora Denise Vilardo proporcionou um debate sobre as experiências obtidas com a aplicação do Projeto UCA durante o ano de 2007. Foram 1390 laptops de três modelos (Classmate PC – Intel/Positivo, Mobilis - Encore Software e XO) distribuídos para cinco cidades dos estados acima relacionados.


Denise Vilardo - Organizadora do evento e eu

Embora o Projeto UCA pregue Um Computador por Aluno não foi o que aconteceu na maioria das Escolas Pilotos. Por esta razão as mesmas tiveram que desenvolver estratégias de uso para que a maioria das crianças pudesse dispor dos laptops.
Em razão disso, diversos fatores tiveram que ser considerados como a recarga da bateria que propicia um tempo de uso de aproximadamente quatro horas, e como o mesmo laptop seria utilizado por dois períodos (manhã e tarde), a bateria teria que ser carregada e estar abastecida para o uso da turma seguinte.

Cada escola tentou adaptar estas dificuldades da melhor forma possível levando em conta o não prejuízo do aluno/usuário. Tiveram que providenciar um local prático para guardá-los bem como possibilitar a cada aluno o uso do “seu” laptop uma vez que este procedimento era muito cobrado pelos alunos que não aceitavam outro que não o dele. “Eu quero o meu” ou “Este não é o meu” argumentavam os alunos.

Laptop - Classmate
Laptop - Mobilis
Laptop - XO

Esclarecimentos funcionais à parte vamos para a utilização dos PCs em sala de aula. Tanto os professores quanto os alunos não sabiam nada sobre como usar os laptops. O primeiro manuseio serviu para a exploração e já de início deu-se a colaboração, pois a cada descoberta havia um compartilhar tanto entre os alunos quanto com o professor.

Alguns professores compartilharam conosco a sua aflição: “Não havia manual mostrando para que servia cada botãozinho ali existente, então tudo que os alunos iam descobrindo eu ia anotando no meu caderninho e de noite eu treinava em casa”.
Veja a maravilha da parceria que se formava entre professor/aluno no qual o professor também se disponibilizava a aprender com seu aluno.

Aqueles alunos com mais facilidade no manuseio foram designados monitores com a responsabilidade de auxiliar aqueles que apresentavam maior dificuldade.
Ao professor cabia a preocupação de que forma utilizaria este instrumento em sala de aula. . "Ao trazer os computadores para sala de aula, temos de refazer os projetos político-pedagógicos" disse a professora Lílian Marques de Palmas (TO).


Profª Lilian de Paula Marques em pé. Sentada à mesa está a coordenadora do Projeto em Palmas (TO) Leila Ramos

A escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu em Porto Alegre (RS) representada pela professora Tânia Mara Oliveira optou por utilizar o laptop durante todo o período escolar não estabelecendo dia da semana e horário de uso. O laptop seria utilizado toda vez que fosse necessário. Assim durante a aula, a cada pergunta feita pelo aluno lhe era sugerido que pesquisasse e encontrasse a resposta.

Sua criatividade estava sendo estimulada bem como o processo de leitura e escrita estava sendo potencializado.


Profª Tânia Mara Oliveira de Porto Alegre (RS)

Algumas simulações começam a ser realizadas e o fator mobilidade foi de fundamental importância uma vez que quando o assunto envolvia alguma situação externa, como o estudo das formigas por exemplo, cada aluno, de posse do seu pc ia para o pátio e lá colhia imagens e pesquisava robustecendo o assunto em pauta.

Em razão desta postura, muitos projetos foram colocados em prática e como resultado se constatou atitudes éticas e colaborativas de alunos autônomos e críticos.
Um Projeto executado por um grupo era imediatamente compartilhado com os outros grupos da classe, caso estes assim o quisessem, propiciando o intercâmbio das informações bem como fortalecendo a formação de opinião.

Diante de uma dúvida levantada por um aluno se toda a classe se interessasse, formava-se um grande grupo de pesquisas com partilha de informações. Quando a pergunta interessava somente a um determinado grupo, formavam-se muitos grupos com interesses distintos que ao final partilhavam os resultados.


Simão Pedro Marinho - Consultor do GT do Projeto UCA - SEED/MEC

Houve a inclusão do uso dos laptops no Projeto Político Pedagógico das escolas.

Nas escolas que propiciavam um laptop por aluno, estes levavam para a casa havendo a inclusão digital da família. Este fator se tornou muito importante uma vez que acabou integrando todos numa mesma aprendizagem. Houve o relato de um aluno de que o pai chegou a passar a noite em claro manuseando o laptop.

Houve, de uma maneira geral, a elevação da auto-estima dos alunos. As faltas diminuíram consideravelmente, a evasão escolar não aconteceu nestas escolas Pilotos.
Os alunos que levaram os laptops para casa não queriam entrar de férias porque teriam que deixar o PC na escola. Muitos choraram quando as aulas acabaram.


Profª Edna Telles - E.M.E.F. Ernani Silva Bruno (São Paulo -SP)
Roseli Lopes - USP - coordenação do Projeto em São Paulo (SP)
Leila Ramos - Coordenação do Projeto em Palmas (TO)
Profª Lilian de Paula Marques - E.E. Dom Alano Marie Du Noday em Palmas (TO)
Antônio Carlos Bello (NTE - Brasília)



Juliano Bittencourt - coordenação do Projeto em Porto Alegre - UFRGS (RS)


Maria Helena Jardim - coordenação do Projeto em Piraí (RJ)

Fotos:
Picasa de Denise Vilardo e meu acervo pessoal

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Laptop para os professores



Toda vez que se fala do uso da Web na Educação as reações dos envolvidos no processo são as mais variadas. Há aquele que se mostra curioso, há o que não quer nem ouvir falar, há o que se faz de surdo não demonstrando qualquer reação enfim, reações diversas.

Tudo isso por quê?
Porque ninguém dá ao professor o suporte necessário para o uso deste recurso.
O Estado do Rio de Janeiro comprou no início do ano (fevereiro) 31 mil laptops com o objetivo de atender 70 mil professores da rede estadual de ensino pretendendo incluí-los digitalmente. Estes laptops já começaram a ser distribuídos.

Será que apenas possuir o laptop faz do professor um incluído digital?
É claro que não!!!
Há que se providenciar capacitação para que aprenda a manusear o laptop, a navegar na internet obtendo subsídios para elaborar uma aula usando as ferramentas que a Web disponibiliza. Se a maioria dos professores, genericamente falando, não consegue ligar um computador, como poderá fazer uso dele em sala de aula?

É em razão dessa falta de respaldo que o professor reage com indignação, alguns, se negando a receber o laptop assinando a desistência uma vez que o mesmo foi entregue em comodato. Outros pensam logo em melhoria no salário ao invés de aplicar o dinheiro “nessas máquinas que não servem para nada”.

Isso sem mencionar que os 60 milhões de reais utilizados para a compra desses laptops foram retirados do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, mas isso é assunto para outro artigo.

Falando na capacitação do professor faço um paralelo me reportando ao final do século XIX começo do século XX com a invenção do carro. Até então o cavalo era muito bem vindo como meio de locomoção. Não precisava fazer curso para montar e desde cedo era utilizado.
Então apareceu o carro. Uma novidade, a princípio, disponibilizada para poucos. Os que arriscavam usá-lo saíam fazendo barbeiragens porque não havia regras a serem seguidas.

Porém, o carro era uma “novidade” que tinha vindo para ficar.
Então houve uma mobilização de todos os interessados em proporcionar maiores facilidades para o uso desta “ferramenta” de locomoção. Surgiram as oficinas de reparos, postos de gasolina, estradas primeiramente de terra depois asfaltadas e assim por diante.

Havia ainda aquele que não abandonava o cavalo porque era o meio de locomoção que ele já estava familiarizado. Ninguém abandona sua zona de conforto sem um incentivo.

Como forma de persuadir as pessoas a enxergarem o carro como uma invenção que poderia trazer muitos benefícios exaltava-se o fato de ser mais confortável, de transportar mais pessoas e outras vantagens. Como forma de convencer ser o carro mais veloz do que o cavalo começou-se a equiparar a potência do motor ao número de cavalos que seriam necessários para atingir tal velocidade, metaforicamente falando.

Conforme o carro foi sendo aceito socialmente surgiram os CURSOS para que os motoristas aprendessem a lidar com seus recursos podendo utilizá-los de forma ampla e eficaz.

Encurtando a história, hoje ninguém consegue viver sem o carro. Porém, ainda hoje as pessoas freqüentam cursos (auto-escola) para poder utilizar esta ferramenta.

É dessa forma que enxergo o uso do computador/ Web pelos professores.
Ela também veio para ficar, não há como fugir disso, porém há que existir cursos específicos para o professor aprender como usá-los pedagogicamente.

Dizer que o laptop servirá para o professor preparar suas aulas no Word isso é uma falsa visão da inclusão digital. Web é interação e ninguém interage preparando aula no Word, sozinho. O professor tem que saber que ele pode usar até o e-mail, que é o recurso mais simples e mais conhecido, como fonte de interação e aprendizagem.

Só que como é tudo muito novo e os caminhos estão sendo desbravados é preciso fornecer o mínimo de informação para que se comece a usufruir da Web pelos recursos mais simples.
Para isso é preciso que se mobilize material específico sobre o uso destes recursos.

O que não pode acontecer é se dar asas a quem não sabe voar. Comprem as asas e, concomitantemente, ensinem a voar.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ai, que saudade de ocê...

A beleza habita na simplicidade!

Esta maravilhosa composição de Vital Farias na melodiosa voz de Cristina Motta retrata toda a simplicidade de uma palavra, um gesto, um pensamento...

Delicie-se!



Ai, que saudade de ocê...

Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê

Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim

E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê

terça-feira, 1 de abril de 2008

Dia Internacional do Livro Infantil



Conta uma História.

O ser humano sempre adorou contar suas histórias.

Tudo que acontecesse durante o dia e tivesse uma conotação diferente, já virava história, recheada de “floreios”, que seria contada ao final do dia para todos os familiares quando se reunissem na varanda após o jantar.

O hábito de contar história, melhor dizendo, contar lendas, é milenar tendo origem antes mesmo da escrita a qual eram passadas de geração para geração através da fala onde cada um dava seu toque pessoal.

As lendas mitológicas primam pelo temor que o homem sempre teve diante dos fenômenos da natureza e ao contar seus episódios atribuía a estes fenômenos formas de deuses ou de monstros horríveis.

Estes relatos geravam lendas onde o imaginário superava a realidade e tinham como característica principal: a fatalidade.

Com isto havia a intenção de expressar toda a sua impotência diante do desconhecido.

As lendas são contadas até hoje, muitas ainda através da oralidade conservando sua característica principal: a criatividade.

As histórias voltadas para as crianças aconteceram por volta do século XVII quando a criança passou a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias.

Foi nesta época também que a criança começou a receber uma educação diferenciada onde havia uma preocupação em prepará-la adequadamente para a vida adulta.

Nesta época as histórias eram elaboradas de forma a robustecer estes ensinamentos.

O conto de fadas, desde os seus primórdios, e sabe-se que “Cinderela” já era contado na China no século IX d.C., teve sempre a preocupação de enfatizar a discriminação social, a luta pelo poder, o “conseguir” num vale tudo, bem como a maldade, os maus tratos aos frágeis como crianças e menos afortunados, as buscas incansáveis e a solidão.

Mas também atravessou séculos exaltando valores essenciais ao ser humano como o amor, a solidariedade, a justiça, a compreensão e o bem como vencedor.

Um personagem, de suma importância nos contos de fadas, é justamente o das fadas. Elas são sempre incumbidas do dever de fazer justiça trilhando o caminho do bem e da verdade.

As fadas são sempre representadas pela figura feminina dotadas de grandes virtudes e poderes sobrenaturais.

São a própria expressão do amor.

Mas há o mal que também é representado pela figura feminina, a bruxa, que não mede esforços para conseguir alcançar seus objetivos maléficos não importando os meios que utilizará para chegar até eles.

Há quem diga que o simbolismo fada e bruxa é uma alusão a eterna dualidade feminina.

Normalmente, os Contos de Fadas têm como enredo, provas dificílimas de serem cumpridas, obstáculos a serem vencidos pelo príncipe que normalmente é o herói das histórias, propiciando um encontro com o seu “eu” interior podendo então, ao vencer, se sentir seguro e viver feliz ao lado de sua amada.

Esta linguagem simbólica que envolve personagens e enredos acaba agindo no inconsciente das crianças vindo a auxiliar na resolução de conflitos internos tão normais na infância.

O maniqueísmo envolvendo os personagens tanto para o bem quanto para o mal, facilita a compreensão da criança dos valores básicos para uma vida em sociedade.

A intenção é justamente esta a de levar a criança a se identificar com o herói que é bom. Este sentimento trará uma sensação de segurança e proteção contribuindo para que a criança adquira o equilíbrio quando adulto.

Nas fábulas além de existir o certo a ser seguido e o errado a ser evitado, há a presença forte dos animais, talvez pela afetividade existente entre homem e animal, sendo esta uma forma de estreitar ainda mais estes sentimentos.

Este tipo de história aparece desde século XVIII a.C. na Suméria sendo reinventada no Ocidente por Esopo, um grego que viveu no século V a.C. Mas foi o francês Jean La Fontaine (1621/1692) que introduziu definitivamente a Fábula na Literatura Ocidental.

Na verdade, como já mencionamos acima, elas eram escritas para os adultos, mas até hoje são fábulas apreciadas no mundo infantil.

Nas fábulas, os animais simbolizam características pertencentes ao ser humano e que com o passar do tempo, incorporaram de tal forma, que viraram símbolos. Temos como exemplo o leão que é a imagem da magnitude, da realeza; a raposa que simboliza a astúcia e a esperteza; o cordeiro que representa a ingenuidade e o lobo que é sempre o vilão.

Estes textos recheados de encantamento não só inebriam as crianças como libertam a criança existente dentro de cada adulto.

Há que se ter um cuidado todo especial quanto à interpretação destes contos justamente em razão deste encantamento, razão pela qual se propicia a identificação da criança com o personagem.

As histórias infantis tiveram sempre por finalidade a união do lúdico com o pedagógico.

A magia da literatura é justamente trabalhar com a fantasia.

Podemos, através desta linguagem mágica, transmitir às crianças todos estes conceitos como respeito, educação, solidariedade, companheirismo, que estão praticamente em extinção, em razão da família não ter mais tempo para transmiti-los.

Vamos tentar resgatar o tão sonoro:

... e viveram felizes para sempre!

Cybele Meyer

Branca de Neve - Fantoches


Cinderela


Chapeuzinho Vermelho - Fantoche

sexta-feira, 28 de março de 2008

De 1964 a 1989

Quero registrar minha homenagem a todos os brasileiros que lutaram sem descanso e aos que deram sua vida para que hoje pudéssemos viver em Democracia.

Foram torturados, exilados, mortos e quantos ainda permanecem desaparecidos sem ter tido direito a um sepultamento digno.

Eu, em 1974, quando tinha apenas 18 anos, ingressei na Faculdade de Direito e lá presenciei muitos colegas que, da noite para o dia, sumiam sem deixar vestígios.

No pátio da Faculdade circulavam, à paisana, agentes do DEIC e ao menor vacilo lá ia você embora com eles sem saber se algum dia voltaria.

O simples fato de você cursar a Faculdade de Direito já levantava a suspeita de envolvimento comunista.

Se fosse mulher então...

A todos vocês o meu mais profundo respeito e admiração.

De 1964 a 1989

terça-feira, 25 de março de 2008

Biblioteca itinerante atinge diversas cidades brasileiras



O hábito da leitura é um dos mais prazerosos cultivados pelo ser humano ao longo da história. Não só como passatempo. Ler é um exercício para o corpo e para a mente. Além de queimar calorias (sim, ler queima calorias!), é também a chamada atividade neuróbica, isto é, uma espécie de “ginástica” para o cérebro.

Mas assim como todo hábito, a leitura também precisa de estímulo para se tornar algo realmente prazeroso e não só mais uma obrigação. Dados da Câmara Brasileira do Livro do ano de 2006 mostram que somente 10% da população brasileira – 17 milhões de um total de 170 – lêem entre um e dois livros por ano. A média do País está na marca de 1,8 livros lidos, ao ano, por habitante enquanto na França, por exemplo, esse número salta para sete.

Para aumentar a quantidade de leitores no Brasil, vários projetos se propõem a estimular a população a ler. Um desses é o “Leia Brasil”. Por dez anos —do 2º semestre de 1991, quando foi criado, a 2001 – o “Leia Brasil” foi um projeto exclusivo da Petrobras. A partir de 2002 virou uma Organização Não-Governamental, mas ainda conta com a parceria da estatal e de outras empresas. A ONG tem como objetivo principal incentivar a leitura e combater o analfabetismo funcional (denominação dada à pessoa que sabe escrever, de forma precária, e que não desenvolve a habilidade de interpretar frases). No País, essa condição faz parte da vida de 75% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Paulo Montenegro, do grupo Ibope.

Para alcançar essas metas, o “Leia Brasil” utiliza não só a linguagem escrita, mas também recursos audiovisuais. “Damos ênfase à linguagem escrita, mas trabalhamos também com outras linguagens como a imagem, o som, as artes cênicas, artes plásticas, tudo isso para estimular a leitura”, conta Ana Cláudia Maia, que está há seis anos na Organização e é coordenadora de projetos e editora das publicações da ONG.

Uma das idéias defendidas por Ana Cláudia e pela “Leia Brasil” é que não basta somente distribuir livros para incentivar o hábito da leitura. “Existem muitas pequenas bibliotecas que funcionam em comunidades. E por que essas bibliotecas conseguem um trabalho tão bom e as bibliotecas públicas estão abandonadas? Não é simplesmente ter um local para leitura, mas sim o trabalho que essas pessoas realizam para que a comunidade se interesse e passe a utilizá-la”, explica. E as iniciativas governamentais de estímulo à leitura não são suficientes: “Para um País do tamanho do nosso o que se investe é ainda muito pouco”, afirma o prof. dr. em Educação, Elydio dos Santos Neto, diretor da Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo.

Uma das mais curiosas – e bemsucedidas – iniciativas da “Leia Brasil” são as bibliotecas volantes, caminhões recheados de livros que funcionam como bibliotecas itinerantes. No total, são sete veículos, que chegam a transportar 10 mil livros cada um por quase 500 escolas nas regiões Sudeste e Nordeste.

Cinco desses veículos ficam na região da Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Outro localiza-se na Baixada Santista, em São Paulo e o sétimo fica em Sergipe, onde atende 28 municípios. Cada caminhão visita uma média de 60 escolas. Para que todas sejam atendidas é feito um rodízio, para que cada escola seja visitada a cada dois meses, período em que os livros são emprestados à escola e aos estudantes. “Os grandes responsáveis para estimular os estudantes são os próprios professores”, explica Ana Cláudia, que acrescenta que existem cursos, oficinas, várias atividades para ajudá-los a melhor conduzir os alunos no mundo dos livros. E esse é um trabalho que tem importância fundamental na transformação das regiões alcançadas.
“Cultura é vital para o ser humano. Quando ela é levada aos que não têm acesso, a exemplo das bibliotecas itinerantes, instaura-se uma verdadeira revolução: de idéias”, diz o sociólogo Helio Sales Rios.

Além dos caminhões, a organização já promoveu atividades semelhantes a essas que ocorrem nas escolas em comunidades carentes e favelas do Rio de Janeiro. “A gente está sempre pensando em novos projetos. Nós começamos, junto com a Fundação Cultural de Curitiba (PR), um curso de formação de agentes de leitura, que são pessoas, líderes comunitários que vão trabalhar a questão da leitura dentro de suas comunidades”, explica Ana Cláudia.
Apesar do trabalho, Ana Cláudia diz que colher os frutos é o que motiva todo o projeto: “Visitar uma escola é emocionante. É o momento em que a gente vê que fez alguma diferença. Saber que as crianças estão lendo os livros que estão lá no caminhão, no projeto, dá uma sensação muito boa, de fazer diferença na vida de alguém. Isso é gratificante”, conclui a coordenadora.
(Texto de Matheus Adami)

domingo, 9 de março de 2008

Assim sou eu...



Vivo mais um dia
tendo na alma
a espera de um amanhã
que tarda.

Em meio a gladiações,
luto comigo mesma,
ora em busca de resultados
que nunca chegam
ora em meio ao desânimo
que nunca se vai.

Sei
que depois de hoje
vem o amanhã
e nada posso fazer
para tornar o amanhã,
o hoje.

Tenho pressa,
Porém ,
diante dessa impotência,
Nada a fazer que não esperar.

Conservo em meu rosto
A angustia e
as marcas dos tropeços,

Assim é o meu caminhar
nas areias da minha existência
Que ventos dissimulados
Insistem em
apagar as fundas pegadas
Deixando somente
uma dor imensa
que aperta o peito
sufocando a alma

Assim continuo eu
Sobrevivendo entre sorrisos e palavras
Entre amargura e solidão

Amei tudo e todos
Vaguei em busca de um colo
que nunca encontrei

Em meu coração há cicatrizes
que meu olhar espelha
e meu sorriso encobre

Sufoquei todas as expectativas
numa caminhada
fria e solitária

Esta sou eu,
que quis ser tudo
e na verdade
não fui nada!




Cybele Meyer